Vegetarianismo

 


Tipos de dietas vegetarianas:

Ovolactovegetarianos - Consomem ovos, leite e derivados. É a forma mais comum de vegetarianismo no ocidente;


Lactovegetarianos - Consomem leite e derivados. Não consomem ovos. Geralmente relacionados com filosofias indianas;

Veganos - Não consomem nenhum produto de origem animal, inclusive ovos, leite e derivados, gelatina e mel. Abstêm-se do consumo de lã, couro e produtos testados em animais; Grupos religiosos no oriente e filosóficos do ocidente;

Crudívoros: Somente consomem alimentos crus de origem vegetal;


Semi-vegetarianos: Consumo esporádico de carne, peixe ou frango;

Pessoas que incluem carnes em sua alimentação são chamadas de onívoras.


Outros segmentos:


Crudívoro: o crudivorismo admite apenas a ingestão de alimentos crus ou aquecidos no máximo a 42ºC. Alguns podem aceitar leite cru e carne crua também. A utilização de alimentos em processo de germinação (cereais integrais, leguminosas e olegainosas) é comum nessa dieta.


Frugívoro (ou frutívoro ou frutariano): sistema alimentar que admite apenas o consumo de fruas na alimentação. O conceito de "frutos", nesse caso, segue a definição botânica, que inclui os cereais, alguns legumes (abobrinha, beringela...), oleaginosas e as frutas.

Freegano - o freegano come aquilo que encontra no lixo. Apesar de os freeganos serem mais radicais que os veganos ao se recusarem a comprar qualquer tipo de alimento, eles também são mais flexíveis, já que não têm objeções éticas a comer produtos animais que foram jogados fora. Eles querem evitar dar dinheiro àqueles que exploram os animais. Uma vez que um produto foi descartado, não faz diferença para o produtor se o alimento é consumido ou incinerado.

Macrobiótico: O macrobiótico tem um tipo de alimentação específica, podendo ou não ser vegetariana, que baseia-se em cereais integrais, com um sistema filosófico de vida bastante peculiar e caracterizado. A dieta macrobiótica apresenta indicações específicas quanto à proporção dos grupos alimentares a serem utilizados. Essas proporções seguem diversos níveis, podendo ou não incluir as carnes (geralmente brancas). A macrobiótica não recomenda o uso de leite, laticínios ou ovos.


Os estudos mostram que o alto consumo de carnes:

Aumenta a incidência de câncer de endométrio, pulmão, intestino grosso, próstata, além de doenças cardiovasculares de diabetes (Bastid et al, 2011; DeStefani et al, 2010; Van Lonkhuijzen et al, 2011).

POF (2009): ingestão satisfatória de proteínas, mas a ingestão excessiva de gorduras saturadas está em 82% dos brasileiros.

O consumo insuficiente de fibras foi observado em 68% dos brasileiros (Ministério da Saúde, 2010).


BENEFÍCIOS DA DIETA VEGETARIANA
Maior consumo de:


•Frutas, verduras e cereais integrais.


Melhores níveis de:


•Vitamina C (RAUMA et al)


•Vitamina E (RAUMA et al)


•Ácido fólico


•Antioxidantes


•Fibras


•Potássio


•Magnésio


Menor consumo de:


• Calorias (DAVEY et al, 2003)


• Gorduras saturadas


• Colesterol


Melhores níveis de:


• Colesterol total


• LDL


• Triglicerídeos (De BIASI et al, 2007)


• Risco de apresentar diabetes é 50% menor


• Probabilidade de pedras na vesícula em mulheres vegetarianas é 2 x menor


• incidência de obesidade


• O consumo de carne está associado a um risco 88% maior de desenvolvimento de câncer de cólon e 54% próstata


• Pressão arterial elevada


• de 50% do risco de diverticulite ADA Reports. Position of the ADA: vegetarian diets. v.103, n.3, jun 2003.


Os benefícios vêm sendo comprovados por diversos estudos e, entre eles estão também à melhora do desempenho nos esportes até a prevenção e tratamento de diversas doenças.

ALGUNS NUTRIENTES NA DIETA VEGETARIANA


PROTEÍNAS:


•Carência protéica em vegetarianos é um mito!


•Aminoácidos essenciais: encontrados nos vegetais.


•Combinação entre cereais (metionina) e leguminosas (lisina), não necessariamente na mesma refeição.


•Recomendação: de 10 a 15% do valor energético total ingerido por dia.


•Fontes: fermentados de soja, tofu, grãos integrais, leguminosas, oleaginosas, quinoa, sementes germinadas e brotos.


FERRO


•Anemia ferropriva possui a mesma incidência em onívoros e em vegetarianos.


•Atenção especial em gestantes e crianças e mulheres em idade fértil


•Ferro heme (absorção de 15 a 35%), não heme de 2 a 20%)


•Menos de 40% do ferro da carne é heme...


•Altos níveis de ferro e ferritina: formação de radicais livres - risco de câncer, doenças cardiovasculares.


Quanto menos o corpo tem, mais ele absorve (principalmente ferro não heme).


Quantidade real de ferro absorvido depende de (NAVARRO, 2010):


- Quantidade de Fe na refeição


- Estado de Fe do indivíduo


- Composição dos alimentos ingeridos


Biodisponibilidade de ferro:


Dieta vegetariana: 10%


Dieta onívora: 18%.


Alguns cuidados são necessários, consulte seu nutricionista para uma avaliação clínica e bioquímica. Para ser tornar um vegetariano, é necessário conhecer outros alimentos, novas receitas e saber quais são as fontes dos nutrientes mais importantes.


Os nutrientes que merecem maior atenção: vitamina B12, ferro, cálcio, zinco e vitamina D.


Exames devem ser feitos periodicamente, procure seu nutricionista.


" Há muito de verdade no dito de que o homem se torna aquilo que come. Quanto mais grosseiro o alimento tanto mais grosseiro o corpo." Ghandi



"Nossa tarefa deveria ser nos libertarmos ... aumentando o nosso círculo de compaixão para envolver todas as criaturas viventes, toda a natureza e sua beleza." - Albert Einstein