Refrigerantes matam 184 mil todos os anos, diz estudo
Um
novo estudo calculou em 184.000 as mortes globais por ano associadas ao consumo
de refrigerantes e outras bebidas adoçadas artificialmente.
Com o crescimento mundial do problema da obesidade,
a atenção tem-se voltado cada vez mais para os efeitos danosos do excesso
de açúcar ingerido pela população.
Morrendo docemente
A equipe do Dr. Gitanjali Singh (Universidade de
Harvard, EUA) examinou dados de pesquisas que cobrem 60% da população mundial
para obter uma imagem global do consumo de bebidas com adição de açúcar.
Eles
calcularam as taxas de obesidade decorrentes do consumo das bebidas açucaradas
e, em seguida, o número de mortes por doenças relacionadas com a obesidade.
O
resultado é que 184.000 mortes por ano podem ser associadas ao consumo das
bebidas açucaradas.
O
diabetes é responsável por cerca de 70% dessas mortes, enquanto as doenças
cardíacas e certos cânceres respondem pelo restante.
O
estudo mostra apenas uma associação entre mortes e bebidas açucaradas, sem
estabelecer uma causalidade explícita.
Mas
Rachel Johnson, da Universidade de Vermont, que comentou o estudo, afirma que a
ideia de uma ligação real é biologicamente plausível.
Danos à saúde causados pelos
refrigerantes
Estudos
mostram que os refrigerantes e assemelhados aumentam o risco genético da
obesidade, aumentam a pressão arterial e causam superdimensionamento muscular.
Mesmo os refrigerantes diet aumentam o risco cardiovascular.
Recentemente,
médicos britânicos pediram que os refrigerantes fiquem mais caros para inibir o
consumo e combater a obesidade
O estado de Nova Iorque, nos EUA, chegou a banir
as garrafas grandes de refrigerantes, mas a medida está suspensa judicialmente.
Os
danos potenciais à saúde do consumo exagerado de açúcar são tão grandes que uma
equipe norte-americana propôs que o consumo de açúcar seja controlado como
ocorre com o cigarro e o álcool.