Capacidade de rever as próprias metas melhora qualidade de vida
A
maioria das pessoas organiza suas vidas estabelecendo objetivos para si mesmas.
Mas
o que acontece quando uma experiência daquelas capazes de mudar a vida da gente
faz com que essas metas tornem-se inalcançáveis?
Pesquisadores
decidiram encontrar a resposta a esta pergunta junto a mulheres que enfrentaram
e venceram o câncer de mama.
O
trabalho foi realizado por Carsten Wrosch e Catherine Sabiston, da Universidade
de Concórdia (Canadá).
Lidar com novas realidades
O
estudo mostrou que a reconstrução dos próprios objetivos - ser capaz de definir
novas metas - está associado com mais atividade física, aumento do bem-estar
emocional e menos sintomas físicos.
Além
disso, as sobreviventes que foram capazes de deixar pra lá velhas metas e
encontrar novos objetivos eram menos sedentárias, o que contribuiu para uma
melhoria do bem-estar.
"Ao
envolver-se em novas metas, uma pessoa pode reduzir a angústia que surge do
desejo de atingir o inatingível, ao mesmo tempo mantendo um senso de propósito
na vida, encontrando outras atividades de valor," disse Wrosch.
"Abandonar
velhas metas permite que alguém invista tempo e energia suficientes para lidar
eficazmente com as suas novas realidades," concluem os pesquisadores.
Deixar pra lá
O
estudo demonstrou que as mulheres que foram capazes de deixar de lado as velhas
metas e definir novas, em conformidade com sua nova situação, apresentam um
bem-estar geral significativamente melhor.
Assim
que foi removida a pressão auto-imposta pelas próprias metas, agora tornadas
irrealistas pela nova situação, a qualidade de vida das pacientes melhorou.
As
estatísticas mostram que cerca de 48% das sobreviventes de câncer de mama ficam
com sobrepeso ou obesas. Elas também tendem a ser mais sedentárias que mulheres
não diagnosticadas com câncer de mama.
Ou
seja, parece que a maioria delas tem dificuldades em "deixar pra lá"
os velhos objetivos e estabelecer novos.
Fonte: Diário da Saúde, Capacidade de rever
as próprias metas melhora qualidade de vida. Maio de 2012